Por incrível que pareça morder um sapo é extremamente comum para os cães, afinal, diferentemente de nós, humanos, que aprendemos de antemão muitas das coisas perigosas para nossa saúde, os bichinhos muitas vezes aprendem na prática. Quando encontram novos objetos e outros animais, a maneira de os cães os investigarem é através dos sentidos mais aguçados, como o olfato e o paladar, o que pode ser um problema quando os tutores não estão por perto. 

Morder sapos?

Normalmente, esse tipo de incidente ocorre no período da noite, devido justamente aos hábitos noturnos dos sapos e a menor supervisão dos tutores nesse horário. A evolução clínica do envenenamento é extremamente rápida. A ingestão de sapos mortos, desidratados, também pode causar problemas.

Entenda mais

Como os sapos não inoculam veneno, são considerados animais venenosos não peçonhentos. Esse tipo de envenenamento ocorre pelo contato da secreção de dois tipos de glândulas (paratóides e mucosas) quando entram em contato com o sistema gastrointestinal do animal ou em feridas. As glândulas paratóides se localizam acima dos olhos do sapo; as glândulas mucosas distribuem-se por toda superfície corporal do sapo.

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Sintomas e tratamento

Os sintomas variam de acordo com a gravidade do envenenamento. Nos quadros mais leves, observa-se irritação da mucosa e salivação. À medida que o quadro clínico se agrava, é comum que surja também depressão, fraqueza, decúbito esternal, dor abdominal, andar em círculos, pupilas não responsivas à luz, convulsões, edema pulmonar e, em casos extremos, morte.

O diagnóstico clínico é feito por uma adequada anamnese, na qual se buscam informações sobre a ocorrência de sapos no local do acidente ou até mesmo a presença de sapos mortos nas proximidades. O horário do aparecimento dos sintomas é outra informação importante, já que os acidentes geralmente ocorrem à noite, período de maior atividade dos sapos.

Não existe antídoto para esse envenenamento. A primeira medida a ser tomada é a lavagem da boca do cão com água corrente abundante, tomando-se cuidado para que o animal não ingira a água e para que o material de lavagem não vá para os pulmões. Logo em seguida, busque imediatamente a ajuda de um médico veterinário para que o tratamento correto seja realizado. A rapidez garante mais chances de cura.